A única coisa de que se lembrava era do grito lancinante. Depois, mais nada. Nem quem era, nem de onde vinha; nada. Sua memória era um branco absoluto. Não reconhecia o homem que diziam ser seu marido e que ali mesmo, no hospital, a olhava com ódio e rancor. Não se lembrava de ter destruído seu casamento e raptado seus próprios filhos. E se recusava a acreditar que fosse essa megera. Mas era. Seus olhos, seu rosto, seu corpo e seus cabelos eram os de Sally, a mulher de David Rossi. E ele tinha jurado que não a deixaria em paz enquanto não recuperasse a memória. Deus! Era uma tortura! E o pior é que o coração de Sally disparava cada vez que ela via aquele belo estranho...