, N° 52
Editora Nova Cultural , 1980
Aconteceu tão rápido, que Valient pensou ter tido uma visão. Num minuto, a mulher de branco estava lá, no fim da galeria. No outro, tinha desaparecido, deixando no ar um perfume de madressilvas.
— Vocês têm fantasmas na casa? — perguntou a seu anfitrião, fingindo brincar.
— Sim. Dizem que a Dama de Branco vagueia por esses corredores, à procura do amado assassinado.
Valient estremeceu. Será que ele, o conde de Trevarnon, o homem mais cobiçado da corte, estava se apaixonando por um fantasma? De uma coisa tinha certeza: havia um grande mistério naquela mansão.