, N° 112
Editora Nova Cultural , 1980
Na pista de dança no meio do jardim, casais valsavam alegremente. Escondida nas sombras da noite, Olívia observava fascinada os trajes e penteados exóticos, as jóias ofuscantes/ das senhoras. “Espera um parceiro para a dança ou acabou de cair do céu para deslumbrar a nós, pobres mortais?” Sobressaltada, ela voltou-se para olhar o homem alto, usando uma capa veneziana, que lhe dirigira estas palavras. Dançar naquela festa era a última coisa que uma plebéia poderia fazer, mas agora era impossível voltar atrás, sem que se cumprisse todo o seu sonho de Cinderela. Dando o braço àquele cavalheiro misterioso, Olívia se encaminhou para o centro das luzes, rezando para que a