, N° 357
Editora Nova Cultural , 1984
CAPÍTULO I
Ao entrar no Clube Cassandra, em Mayfair, Beth, lembrou-se da estranha história que madame Lilian havia lhe contado. Ali, na Curzon Street, dizia-se que perambulava o espírito de uma florista que deixava no ar um perfume de violeta.
Ela sacudiu as gotas de chuva de seu casaco de peles, achando que, numa noite como aquela, certos lugares de Londres tinham de fato uma aparência mal-assombrada, que dava asas à imaginação.
Havia um grande espelho vitoriano no vestíbulo do clube, e ela parou em frente a ele por um momento para se admirar, seus olhos eram muito grandes para o rosto delicado. Com aquele ar ansioso e inseguro, ela parecia vulnerável demais, apesar do