, N° 1
Editora Nova Cultural , 1990
Alex acordou.
Mas ele sabia que não era um despertar verdadeiro. Se fosse, abriria os olhos, se espreguiçaria e logo se sentiria cheio de energia. Orgulhava-se da capacidade que tinha de acordar com facilidade, instantaneamente. E o que lhe acontecia era algo bem diferente.
Sentia-se satisfeito, porém, dormira longamente. Um sono suave, até mesmo natural. Os contos de fadas não diziam como era maravilhoso dormir sem interrupção, por efeito de algum encantamento. Mas devia ser assim. Um sono tranqüilo, nada assustador.
Por que, então, a sombra de dúvida que ameaçava transformar-se em medo?
Sons distantes chegavam até ele, como através de um túnel. As vozes graves dos