, N° 15
Editora Nova Cultural , 1989
Virgínia admirava a fogueira e suas labaredas ondulantes. Tons alaranjados coloriam a escuridão, num espetáculo mágico e sedutor. O rosto de Arthur sob aqueles tons a fazia pensar em segredos, em amor. Se pudesse, estenderia as mãos e acariciaria o homem que adorava. Mas não ousava chegar a tanto. Precisava manter escondidos os seus sentimentos. Até quando Virgínia não sabia. Talvez para sempre, ou quem sabe até o próximo segundo quando já não pudesse conter tanto carinho, tanta paixão...