Se eu tivesse que pintar uma mulher pensando, Anna, não precisaria de pincel nem de tintas, pois é coisa que não existe", dizia Roc Farrant, seu vizinho de cabana naquela praia quase deserta do mar do Norte. Mas, assim que o vento da praia carregava para longe suas palavras ásperas, Anna sentia de novo que estava apaixonada por aquele homem. Algo nele a perturbava, fazendo renascer velhos conflitos, emoções enterradas no fundo da alma. O que eram eles dois, afinal? Amigos? Namorados? Amantes? Ou simplesmente duas pessoas que o destino tinha colocado num mesmo lugar, para vê-las lutar e sofrer, amar e odiar?