Azuis da cor do mar, tempestuosos como a costa bravia da Cornualha — aquela terra à beira-mar, ao sul da Inglaterra, povoada de lendas e perigos —, os olhos de Eduard fitavam Luana com uma força estranha. Ele era um lobo-do-mar, um homem solitário e forte, disposto a tirar o melhor da vida, Luana o temia e o amava. Mas não podia se entregar àquele fascínio, porque em seu peito ardia ainda uma chama de amor por Tarquin, o grande ator de teatro, o poeta que povoou a solidão de Luana de beijos e sonhos. Eduard... Tarquin... fantasia e realidade travando uma luta de morte em seu coração, dilacerando sua alma...