, N° 23
Editora Cia. Editora Naciona , 1954
CAPÍTULO I
— SUZANA!
A campainha tocou ruidosa, no vasto hall da velha casa da Praça Washington. Henrique Armstrong, que a tocara, com as mãos metidas nos bolsos do smoking, visivelmente nervoso, fixou os olhos na porta da sala de jantar, de onde deveria vir à resposta aquele apelo e ao toque da sineta.
Segundos depois, com efeito, a porta descerrou-se devagarinho e por ela surgiu uma cabeça radiosa de moça, alta e desenvolta, perscrutando com o olhar o imenso saguão. Dezesseis anos, loura e meiga — era a própria Suzana Armstrong quem atendia.
— Você me chamou, Henrique? — indagou a jovem, cerrando a porta e encaminhando-se ao encontro do irmão.
— Chamei, sim