, N° 29
Editora Cia. Editora Naciona , 1973
A esfinge sorria o seu eterno sorriso.
Eram duas horas da madrugada. Os turistas haviam regressado ao Cairo, e apenas um ou dois árabes se encontravam ainda perto do rapaz que vigiava o camelo de Tamara. Pouco a pouco, po¬rém, se foram distanciando. Assim, afora Hafis, ela ficou sozinha. . . sozinha com seus pensamentos e a Esfinge.
Esta fitava-a diretamente da eminência em que se encontrava. Sua calma irônica penetrava a alma da moça. Aquela criatura de pedra parecia estar rindo de toda a humanidade e parecia dizer:
— Não existe o além. Vive e desfruta as coi¬sas do presente. Come, bebe e alegra-te, porque amanhã morrerás. Eu, que aqui estou sentada, asseguro-te que não