Os olhos de Raymond percorreram o corpo de Lara com sugestiva malícia e desejo. Ela se afastou, empurrando-o, morta de medo de que ele a tocasse. Ferido em seu orgulho, desprezado, o fazendeiro a agrediu com palavras duras: — Não sou um cavalheiro e você não é uma senhora! Saiba que a aversão que sente por mim ê mútua. Não considero como honesta uma mulher que é capaz de usar o sexo como arma para destruir o marido... Se não me queria, por que veio me tentar? — A mão de Lara ergueu-se, violenta, e bateu no rosto dele. Como Raymond podia lhe dizer essas ofensas? Que culpa tinha ela de ter se tornado uma mulher de gelo, depois de tanto sofrer humilhações do marido?