, N° 73
Editora Nova Cultural , 1976
Primeiro, entrou um negrinho, vestido de brocado e com um broche de pedrarias no turbante alto. Depois, a velha criada, muito solene, de touca rendada. Finalmente, a misteriosa dama francesa apareceu e fez uma entrada tão triunfal, que Sheldon Harcourt julgou até ouvir trombetas. Era linda, de pele clara como as pérolas de seu colar e cabelos tão negros como o vestido de seda. — Sou a condessa de la Tur — disse ela, muito digna. Nem por um minuto Sheldon acreditou nisso. Nos últimos anos, tinha vivido de expedientes e sabia reconhecer outro aventureiro igual a ele. E aquela mulher era uma farsante, tentando seduzi-lo. Mas ... por quê?