, N° 76
Editora Nova Cultural , 1990
Na escuridão do parque, Tybalt só viu o vulto branco do vestido da moça. Mas as• coisas que ela disse naquele encontro mágico lhe deram forças para continuar vivendo. Dois anos já haviam se passado, e ele ainda se lembrava de cada palavra, do perfume, dos lilases, do canto solitário de um rouxinol, e, principalmente, do doce sabor dos lábios dela. Algo lhe dizia que aquela desconhecida era a mulher de sua vida e que nunca amaria nenhuma outra. Mas como procurá-la, se nem sabia como era seu rosto? E se às vezes chegava a imaginar que ti¬nha estreitado nos, braços o corpo etéreo de uma deusa, descida à Terra por uma única noi¬te para salvá-lo do desespero?