, N° 50
Editora Nova Cultural , 1990
Os aldeões enfurecidos arrastavam a pobre mulher pela estrada poeirenta. Acreditavam que era uma bruxa e teria que passar pelo teste do lago. Seria jogada dentro d'água, amarrada. Se afundasse, e se afogasse, era inocente. Se flutuasse, era a própria imagem do mal e eles a matariam. Assim se fazia justiça naquela região bárbara. Felizmente o marquês conseguiu convencer a multidão a soltá-la. Achou-a bonita demais, jovem demais e inocente demais para ser uma feiticeira. No entanto, aquela beleza de cabelos negros e impressionantes olhos azuis começou a enfeitiçá-lo como mulher alguma tinha conseguido.