, N° 70
Editora Nova Cultural , 1990
Devina olhou pela janela do trem, embaraçada. Não devia estar sozinha naquele vagão com Galvin Thorpe. Acima de tudo, não devia permitir que ele lhe dissesse palavras de amor. — Por favor, não tire vantagem da situação... Galvin inclinou-se, impetuoso, e perguntou: — Por que não? Só porque você é uma mulher que vale milhões e a prometida de meu primo, um homem que nunca viu na vida? E se eu lhe pedisse para esquecer o castelo e sua fortuna e fugir comigo? Isso era o que ela mais queria. Mas será que Galvin ainda a amaria, se soubesse que ela não era a milionária Nancy-May Vanderholtz? Que não passava de uma empregada, tão falsa como uma miragem?