, N° 54
Editora Nova Cultural , 1990
Assustada, Susanna percebeu que não estava sozinha. Havia alguém a seu lado, dentro da piscina. À luz do luar, reconheceu Fyfe. Por um momento, pensou que estivesse sonhando, pois ele a fitava, sem nenhuma atadura nos olhos. — Meu amor, minha querida — murmurou, rouco. Susanna estremeceu de medo e escondeu o rosto, suplicando: — Não olhe para mim! Por favor, não olhe! — Tinha chegado o pior momento de sua vida. Aquele que precisava evitar a todo custo. Devia fugir, desaparecer, antes que Fyfe descobrisse que havia sido enganado. Agora que não estava mais cego, podia ver por si mesmo que sua linda Susanna era na verdade uma mulher feia e gorda.