, N° 109
Editora Nova Cultural , 1990
Através dos ramos das árvores, o vermelho e o dourado dos últimos raios de sol tornavam tudo tão irreal que o duque de Alvertode, envolvido pelo encantamento da paisagem, continuou andando até o fim do imenso pinheiral. Lá, a vista sobre o vale era magnífica … De repente, percebeu que não estava sozinho. Uma jovem, pálida e magra, usando um vestido cinza, estava sentada em um tronco e o observava. Ela parecia ser a primeira sombra da noite que chegava, e seus olhos grandes e suaves, as últimas fontes da luz do dia. Fascinado, o duque contemplou a desconhecida e não soube o que responder quando ela se dirigiu a ele numa voz celestial: “Você é exatamente como o imaginei, belo