, N° 136
Editora Cia. Editora Naciona , 1955
Quase cinco horas da tarde e, como era inverno, as sombras já começavam a envolver a sala. Jean acen¬deu as luzes. Nesse momento o telefone tocou. Foi atender. Uma voz desconhecida falou-lhe do outro lado do fio: — Alô, beleza! Que tal um encontro hoje à noi¬te? — Quem é que está falando, faça o favor? Perguntou ela franzindo a testa. — Você não me conhece, meu bem, mas estou disposto a dar-lhe uma oportunidade de ter esse prazer. Sou muito generoso, não sou? Esse não era o primeiro telefonema anônimo que Jean recebia naquele dia. Já havia recebido outros e, em todas às vezes, batera o fone. Dessa vez, porém, sentiu curiosidade em continuar a conversa, pois a voz do